Faturamento Alto Não Garante Sucesso: A Importância da Gestão Tributária, Contratual e Trabalhista

Nos últimos anos, o Brasil tem assistido a uma série de pedidos de recuperação judicial de empresas consideradas sólidas e bem posicionadas no mercado. O caso mais recente da Bombril é um alerta para todos os empresários: faturar alto não é garantia de sucesso, e a falta de uma gestão eficiente pode levar qualquer empresa à beira do colapso financeiro.

O Caso Bombril: Uma Marca Forte, mas com Gestão Fragilizada

A Bombril é uma das marcas mais icônicas do Brasil, presente em mais de 90% dos lares brasileiros. Entretanto, mesmo com um histórico de faturamento significativo, a empresa se viu obrigada a recorrer à recuperação judicial, evidenciando que desafios administrativos e financeiros podem colocar qualquer negócio em risco.

Os principais fatores que levaram a essa crise incluem:

Autuações tributárias bilionárias: Decorrentes de gestões passadas, esses passivos criaram um impacto financeiro devastador na empresa.

Má gestão contratual e financeira: Dívidas mal estruturadas, condições de crédito desfavoráveis e contratos mal negociados aumentaram a vulnerabilidade da empresa.

Dificuldades trabalhistas: Custos elevados e passivos trabalhistas também contribuíram para o endividamento progressivo.

Esse cenário reforça que não basta faturar alto; é preciso ter uma gestão sólida em todas as frentes do negócio.

O Perigo da Falta de Planejamento Empresarial

Empresas que ignoram uma gestão eficiente correm riscos sérios de:

Acúmulo de passivos tributários: A falta de um planejamento tributário adequado pode levar a multas e juros exorbitantes.

Risco contratual: Cláusulas mal elaboradas em contratos podem gerar passivos inesperados e comprometimento da margem de lucro.

Complicações trabalhistas: Erros na gestão de folha de pagamento, benefícios e condições de trabalho podem resultar em processos trabalhistas que afetam diretamente o caixa da empresa.

Como Blindar Seu Negócio Contra Crises

Para evitar que sua empresa entre no mesmo caminho de tantas outras que foram obrigadas a recorrer à recuperação judicial, é essencial:

Implementar um planejamento tributário estratégico: Avaliar opções legais para redução de carga tributária e evitar autuações.

Revisar contratos e condições comerciais: Garantir que todas as cláusulas sejam favoráveis e protejam a empresa contra riscos desnecessários.

Monitorar passivos trabalhistas: Cumprir rigorosamente a legislação trabalhista e criar um ambiente de conformidade para evitar a judicialização de conflitos.

A história da Bombril e de tantas outras empresas mostra que faturamento alto sem uma gestão eficiente não é sinônimo de segurança financeira. Empresários que querem evitar o colapso precisam estar atentos a todos os aspectos da gestão corporativa, desde os tributos até a contratação de funcionários e acordos comerciais.

Se você quer manter seu negócio seguro e preparado para crescer sem riscos desnecessários, a hora de agir é agora.

Fontes:

Fábio Ulhoa Coelho, 2021 – Direito Empresarial Vol. 3

Marcelo Sacramone, 2020 – Recuperação Judicial e Falência

José Edwaldo Tavares Borba, 2020 – Direito Societário e Empresarial

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